quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Existencialismo

Que é, é.

 

Pena que não seja.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Jurubebas Queen (Artur Soares)




Caminhando eu caminhando
Verde planta verde nobre planta verde
Estendida em baixo do asfalto
Vem molhando os meus pés descalços
E a jurubeba é a rainha do sertão
Com o seu nobre coração ela estende a mão
Estendida em baixo do asfalto
Vem olhando pro lado e pro alto
Eu sei que ela me faz bem
Eu sei que ela não diz não
Pois ela precisa de alguém
Pra invenenar
Carlos olhou pra Teresa, Teresa olhou pra João,
João olhou pra Maria, Maria olhou pra Tião,
Tião olhou pra Raimunda que vinha na contra-mão,
Toda vestida de preto no seco mar do sertão
José é pai de Marina que é filha de Severina,
Trabalha na cajuína pra sustentar a piscina,
E alimentar a menina que Jurubeba pariu
É paro ano e promessa para São Jorge em abril

Juro, juru eu juro que jurubeba
Jura que eu juro por jurubeba
Como jurubeba jura por mim
E o futuro duro jurubeba juro
Que com jurubeba por mim eu juro
Que jurubeba jura que sim
Oh! Jurubebabilônia poderia se cremar
Em meio ao teu santíssimo fogo
Oração aos seguidores de Oxalá
Eu sei que ela me faz bem
Eu sei que ela não diz não
Pois ela precisa de alguém
Pra infeitiçar
E a jurubeba é a rainha do sertão
Com o seu nobre coração ela estende a mão
Estendida em baixo do asfalto
Vem olhando pro lado e pro alto
Caminhando eu caminhando
Verde planta verde nobre planta verde
Estendida em baixo do asfalto
Vem molhando os meus pés descalços
E a Jurubeba...
Caminhando...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O calar

Em meio a tantas tolices
nossos silêncios caminham lado a lado,
de mãos dadas.
Dizem a mesma coisa,
querem a mesma coisa.

Em meio a tantas tolices
nosso silêncio fica sem jeito,
sem privacidade
para cessar.
Mas diz e quer a mesma coisa.
Carícias...

sábado, 24 de setembro de 2011

Contrações d'um artigo indefinido



D’uma avidez por detrás dos panos,
Rum’a direção sem norte:
Corrida por sapiência na natureza selvagem, 
Mais uma.

C’uma bela pareia de braços,
Numa charmosa melancolia:
Suma pelo avesso em pleno espaço sideral,
Mais luma.

Mas na Terra, em meio a natureza do asfalto,
Sais sedosa como uma pluma
E ficas entranhada como o cheiro de quem fuma.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Aroma

Perfume.
Embriaguez exclusiva
D’uma multidão contida em mim.

E ssência surreal,
Incomum e outros milhares de adjetivos.

Embebeda-me com teu cheiro,
Nada por dinheiro,
De modo reativo, imoral,
Só(,) afim.
Cume.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Por um triz



Um beijo em câmera lenta,
Transportado pelo vento (quando venta).

Beijo de olhar sereno e
Lábios felizes,
Fulminante de alegria,
Simbologia.

O canto da iara,
O beijo de tristeza,
De imaginação,
Utopia.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dessorriso de Cheshire



Quanta mín-
gua lua minguan-
te, quanta mágoa.

Seja a lua crescen-
te para encher-se ain-
da enquanto nova, como nunca.

Nem balsâmica, nem gibosa, tão fi-
na quanto a unha que arranha a minha nuca.