terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Primeiro eu, segundo eu, terceiro eu


Nossos problemas são os maiores, mas a grama do vizinho é mais verde.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sem rancor


Confesso que acho certos hábitos foda.

     Conhece-se um certo alguém, compartilha-se uma intimidade efetivamente personal, vivenciam-se momentos únicos (viagens, filhos, superações etc.) e... Ok. No fim das contas tudo acaba. Até aí compreensível, diversos interesses estão em jogo, não é fácil lidar com tudo isso.

De fato é certo acabar, de um jeito ou de outro.
De fato é mais provável o rompimento.
De fato é mais racional o interesse individual.

      O que acho estranho é que depois da separação o antigo casal finja que o outro não exista, ou, ainda, se cumprimentem de modo tão escasso e superficial.
      Ok, alguns dirão que na maioria dos casos o rompimento não foi consensual, alguém machucou outro alguém. Deste modo o agente machucado tende a se fechar (se defender) ou o agente machucador acaba dando espaço para que o outro se recupere. Não quero discutir essas possibilidades, no entanto.
      Outros dirão que é difícil delimitar a fronteira entre o amor e a amizade. Ainda assim, acho esquisito quando duas pessoas, que recuperadas de suas desilusões, ajam do mesmo modo que os atuais sofredores. Isto é, ex sofredores, atuais sofredores... todos no mesmo barco, o dos que não conseguem sobrepor as boas recordações.
      
Mas posso dizer que conheço alguns poucos casos onde o antigo namoro virou uma boa amizade.

      Entretanto, será que existe diferença entre a maioria dos ex-amantes? Será que grande parte dos antigos sofredores de fato são antigos? SofrIDOS...

A mesma coisa



Local família, disforme.


O que vale é o que importa, o aparente não lhe pertence.


A língua, contudo, continua afiada; a autoconfiança que é menor.

Vamos a la playa


Na Praia do Sarney,
Muitos e ineficazes planos de ação,
Ondas escuras,
Vindas de cima para baixo.
O mar me engole.
Na Praia do Meio, óbvio,
Políticas de centro,
Em menores quantidades, contundentes.
Choques azulados, de baixo para cima.
Sou engolido pelo mar.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Âmbulo

Definitivamente não gosto de travesseiros grossos. 
Numa noite dessas, um grande dilema me fez perder o sono: como classificaria o travesseiro que eu estava usando? Certamente este desfecho iria influenciar o restante de minha noite. Seria o travesseiro fino ou grosso? 
De cara, pensei ser grosso, porém de menor calibre, o que chamaria de "travesseiro grosso fino".
Num segundo momento, democraticamente (hi Marx) e dando chance ao contraditório, levantei a possibilidade de ser fino. Ok, um fino fofinho, um "fino grosso".
Como eu precisava ser razoável, considerei ser "fino grosso", apesar de achar o contrário. Caso contrário, não dormiria.
No fim das contas, fui enganado (por mim mesmo) e enalteci a necessariedade da mentira. Perdi-me nas idéias.

Preâmbulo


Numa cama que não é a minha, começo a divagar - sob a trilha sonora de gritos e repreensões - sobre a relatividade.

Desprovido de razão


 
Envelhecimento precoce só serve para antecipar responsabilidades, críticas e doenças; a maturidade, por sua vez, para a mesma coisa.