quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Cenários

E aí? Irá mesmo dizer que você não voltará mais aqui?
Quem vai cantar pra eu dormir?
Levitando,  você sai de cena deixando sua morena assim

Vem do céu, vários pedidos de perdão por teres sido infiel
Ai de mim, mais uma no seu carrossel
Lentamente ainda desejo imensamente um beijo teu

Cenários de rosas e  cantos africanos
Abriram as portas pra você entrar
Ouvindo seu canto vou seguir cantando
O pássaro mestiço que me fez voar

(Thiago  Ribeiro)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Encontre-me em Montauk

Mesmo ciente da não existência
de sempiterna relação –
que seja eterno enquanto dure -
Há proliferada expectativa
Do aspecto unha e carne, arroz com feijão.

No entanto, o homem,
Ser não dicotômico – subjetivação -
Por vezes prefere se esquecer de boas coisas
Para não se lembrar das ruins. Eu não!
Prefiro o lampejo de um intelecto desmemoriado.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Primavera


Outubro rosa
como pão e rosas,
como sobrerosas
e tantas outras prosas e poesias.

Outubro que alimenta o corpo e a alma,
essência de nosso sustento.

Neste mês, que o objetivo,
em parceria com o subjetivo,
nos cause regozijo
no doce novembro.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Equilíbrio de Mercado

Desapaixonei-me



pelo mesmo motivo que me fizera apaixonar.









quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Existencialismo

Que é, é.

 

Pena que não seja.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Jurubebas Queen (Artur Soares)




Caminhando eu caminhando
Verde planta verde nobre planta verde
Estendida em baixo do asfalto
Vem molhando os meus pés descalços
E a jurubeba é a rainha do sertão
Com o seu nobre coração ela estende a mão
Estendida em baixo do asfalto
Vem olhando pro lado e pro alto
Eu sei que ela me faz bem
Eu sei que ela não diz não
Pois ela precisa de alguém
Pra invenenar
Carlos olhou pra Teresa, Teresa olhou pra João,
João olhou pra Maria, Maria olhou pra Tião,
Tião olhou pra Raimunda que vinha na contra-mão,
Toda vestida de preto no seco mar do sertão
José é pai de Marina que é filha de Severina,
Trabalha na cajuína pra sustentar a piscina,
E alimentar a menina que Jurubeba pariu
É paro ano e promessa para São Jorge em abril

Juro, juru eu juro que jurubeba
Jura que eu juro por jurubeba
Como jurubeba jura por mim
E o futuro duro jurubeba juro
Que com jurubeba por mim eu juro
Que jurubeba jura que sim
Oh! Jurubebabilônia poderia se cremar
Em meio ao teu santíssimo fogo
Oração aos seguidores de Oxalá
Eu sei que ela me faz bem
Eu sei que ela não diz não
Pois ela precisa de alguém
Pra infeitiçar
E a jurubeba é a rainha do sertão
Com o seu nobre coração ela estende a mão
Estendida em baixo do asfalto
Vem olhando pro lado e pro alto
Caminhando eu caminhando
Verde planta verde nobre planta verde
Estendida em baixo do asfalto
Vem molhando os meus pés descalços
E a Jurubeba...
Caminhando...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O calar

Em meio a tantas tolices
nossos silêncios caminham lado a lado,
de mãos dadas.
Dizem a mesma coisa,
querem a mesma coisa.

Em meio a tantas tolices
nosso silêncio fica sem jeito,
sem privacidade
para cessar.
Mas diz e quer a mesma coisa.
Carícias...