quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tua companhia


Tu me mandavas, mas nem sempre ias

ao encontro de nossa vida,
do fim dos nossos dias.


Tu me dizias, mas não consideravas

Alternâncias de humores,
penhores,
e de arredores,
rumores.


O que me restava era a fartura, enquanto não rias,
da melancolia de tua companhia.
(e da companhia de tua melancolia!)

terça-feira, 3 de abril de 2012

Confabulação cadavérica

Sem choro e vela
em catacumba, só rumba, Noel,
nesse Rio de samba.
Boi meu bumbá, bumba nessa
oração de capela, terreiro de macumba.
Onde o malungo acocha, Noriel,
E mata saudades da saudosa Bahia.
Por fim, não te contorça Álvares,
Mas entre o súbito mal e a tumba,
hei de enxergar alegria em sua poesia.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Rumo a

Diz-me ser ágio,
Serasa, calote;
Plágio de dívida,
Misturas das mais híbridas,
Do tipo “tudo por dinheiro”.
Galope! em suas apostas...




Mas que requinte, quanta agilidade!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Bicolor


De branco, sem braço.
De preto, sem perna.
Cores desmembradas,
Arco-íris hiberna.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Mais uma sobre a saudade


Saudade... úmida, salgada.



Conversora de forças
(em pensamentos) que


Buscam a seqüência
do movimento (de ida),


A volta aos seus braços.


Função Maré, amor contínuo.


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sem moléstia

Das entranhas,
dor que alivia;
teoria marginal,
arredia.

Do banquinho, remedia-se:
por muito tempo
(e deste jeito não aguento)
miro a pia.



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Desjejum


Não penso na volta,
no g o l e da rum
A dormência
por vezes me enoja,
já não fujo da luta:

um a um, após o saciar -
zum zum -, suprimo a vanglória, 
bebum, de meu canto.