quinta-feira, 24 de julho de 2014

Movimento Perpétuo II

Pouco a pouco se apetece.
Que tudo dilua ptialina.

As coisas seguem seu fluxo
natural,
até o aconchego,
embate:
      tudo será devastado,
      absorvido, eliminado;
      algo fica, mas parte se vai,
      assim, sem apego.

E, a cada fim, um novo recomeço,
uma liberdade conquistada.
De novo se sofre,
novamente se é feliz.
De novo se sofre...

E pouco a pouco se apetece,
afinal de contas é tudo de lua aqui em Amaralina.


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