quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Tell me your bad

Tell me your bad dreams,
pois eu tenho a cura:
você não pode dormir

Fale-me de suas ideias
e não caia no chão
pensando no que pode fazer

Tell me your bad,
conte-me tudo sobre você

Descreva-me suas ações,
você é uma pessoa má.
Está sempre planejando algo

Exponha seus amores,
que ainda sofrem por ti,
que ainda te machucam

Tell me your bad,
Conte-me tudo sobre você

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Minha única certeza

Para quê tanta franqueza?
Não sou tão forte assim,
Conheces minha fraqueza.

Mas facilitarei tudo Tereza.
Como ti, outrossim,
Serei a própria fortaleza.

Que rei sou eu?

Quantos eu poderia ter sido?
Cada escolha poderia ter me levado 
um lugar diferente de onde estou.
Um sim, um não, um talvez.


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Flores no Seridó



Do português rochoso, quadrado,
do italiano gótico, pontiagudo,
e do improviso nômade, cigano,
ouço e sigo o tempero
do narrador das flores, por inteiro.
Algo sobre um povo resguardado,
de mente parruda:
a Santa Menina,
arruda da esposa do tenente -
o beco das almas, batina -,
da segunda guerra, combatente.

Sentimentos conflitantes, dou pouca atenção

Como ter medo que as coisas mudem, tendo medo de não mudar?
Como sentir a pressão e a falta de todos?
Haverá algum dia desapego?

O que importa

O que me importa é que você fale compulsivamente, sem pensar. Não absorva nada, apenas transmita suas futilidades.

Quero estar ocupado ouvindo sua fala, afinal de contas você me faz sorrir. Com você, não sei o que é tédio.

Por favor, conte-me suas aventuras, verdadeiras ou não. AH, que eloquência!