Confesso que acho certos hábitos foda.
Conhece-se um certo alguém, compartilha-se uma intimidade efetivamente personal, vivenciam-se momentos únicos (viagens, filhos, superações etc.) e... Ok. No fim das contas tudo acaba. Até aí compreensível, diversos interesses estão em jogo, não é fácil lidar com tudo isso.
De fato é certo acabar, de um jeito ou de outro.
De fato é mais provável o rompimento.
De fato é mais racional o interesse individual.
O que acho estranho é que depois da separação o antigo casal
finja que o outro não exista, ou, ainda, se cumprimentem de modo tão escasso e
superficial.
Ok, alguns dirão que na maioria dos casos o rompimento não foi
consensual, alguém machucou outro alguém. Deste modo o agente machucado tende a
se fechar (se defender) ou o agente machucador acaba dando espaço para que o
outro se recupere. Não quero discutir essas possibilidades, no entanto.
Outros dirão que é difícil delimitar a fronteira entre o
amor e a amizade. Ainda assim, acho esquisito quando duas pessoas, que
recuperadas de suas desilusões, ajam do mesmo modo que os atuais sofredores. Isto
é, ex sofredores, atuais sofredores... todos no mesmo barco, o dos que não conseguem sobrepor as boas recordações.
Mas posso dizer que conheço alguns poucos casos onde o antigo
namoro virou uma boa amizade.
Entretanto, será que existe diferença entre a maioria dos ex-amantes? Será que grande parte dos antigos sofredores de fato são antigos? SofrIDOS...
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