segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sem rancor


Confesso que acho certos hábitos foda.

     Conhece-se um certo alguém, compartilha-se uma intimidade efetivamente personal, vivenciam-se momentos únicos (viagens, filhos, superações etc.) e... Ok. No fim das contas tudo acaba. Até aí compreensível, diversos interesses estão em jogo, não é fácil lidar com tudo isso.

De fato é certo acabar, de um jeito ou de outro.
De fato é mais provável o rompimento.
De fato é mais racional o interesse individual.

      O que acho estranho é que depois da separação o antigo casal finja que o outro não exista, ou, ainda, se cumprimentem de modo tão escasso e superficial.
      Ok, alguns dirão que na maioria dos casos o rompimento não foi consensual, alguém machucou outro alguém. Deste modo o agente machucado tende a se fechar (se defender) ou o agente machucador acaba dando espaço para que o outro se recupere. Não quero discutir essas possibilidades, no entanto.
      Outros dirão que é difícil delimitar a fronteira entre o amor e a amizade. Ainda assim, acho esquisito quando duas pessoas, que recuperadas de suas desilusões, ajam do mesmo modo que os atuais sofredores. Isto é, ex sofredores, atuais sofredores... todos no mesmo barco, o dos que não conseguem sobrepor as boas recordações.
      
Mas posso dizer que conheço alguns poucos casos onde o antigo namoro virou uma boa amizade.

      Entretanto, será que existe diferença entre a maioria dos ex-amantes? Será que grande parte dos antigos sofredores de fato são antigos? SofrIDOS...

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