quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Identidade

Qual de mim vou me vestir, me despir? Multifacetado, já fui tantos... Mas talvez, no fundo, não seja nenhum.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Beco sem saída



Surge mais uma questão para que se inquiete, tomar uma decisão normalmente não é fácil.

Há de fato uma escolha correta?
Para simpatizar com um grupo, preciso negar o outro?

Tudo parece tão bem quando se está lá ou cá...

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Parênteses

Perspectiva do incremento (dos múltiplos incrementos). É certo que a escassez valoriza as coisas, que os primeiros ensaios nos dão uma sensação peculiar. Mas também a experiência é capaz de conferir novos sabores, talvez menos intensos, mas certamente mais detalhados. Cada diálogo (cada viagem, cada música, cada mesa de bar, cada beijo, cada filme, cada entrelinha, cada ensinamento, cada...) nos engrandece, nos amplia a perspectiva e de certo modo facilita a nossa relação com a próxima situação a ser vivida. Desta vez, sem tanto pudor ou pensamentos que porventura inibam a plenitude do momento. Não se vive com uma ampulheta de lado: o futuro é incerto, a aleatoriedade nos concede a oportunidade de construirmos nossas próprias memórias, sem tempo para nada (fazemos nossa hora), com tempo para tudo (basta ter paciência). Uma semana a mais contigo (agora) não significa uma semana a menos contigo (no futuro).  Não há complementaridade nisso, mas sim, na relação que nos cerca.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Ele e ela


Ele quer ser seu, bela dele,
mas a mazela da probidade o proíbe.
Saudades da arranhadela, arrepiantes, na costela.

Aperreado daquele jeito,
iria ao fim do mundo, novela-drama,
porque ele grita pelo amor que pulsa, paixão que sela.

Só pensa nela, só pensa em ti.
Vive de bagatela, sequela de sua ausência,
viela de subúrbio. Sem gazela (sua donzela), vaga pelas beiradas, lapela,

até cair no fundo do poço, sepulcro de vela apagada.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Foi-se?


Deito-me... Fecho os olhos... A visão embaça... Aos poucos enxergo o que me rodeia.

Chegou?

Por favor, suba pela escada rolante, cá estou. Que a partir de agora cavalguemos num verme, cavemos galerias neste solo, oremos a Santa Madalena (liberdade, cultura, fé).

Quero a paz das narinas no cangote, dos corpos encaixados, dos pés sobrepostos, do sono profundo pós-coito.  Que teu cafuné me acalme o juízo, que teu cheiro não saia de mim, que teu sorriso permaneça em meus pensamentos. Que nosso gozo seja sempre conjunto, simultâneo, eterno. Que eu não acorde; que o sonho não se acabe.

Foi-se?

sábado, 5 de dezembro de 2015

E agora?



Ao longe barcos e flores. Uma melancolia que não imaginara, por ser e ver sempre alegria. A amizade oferece o ombro amigo, conforta e mostra uma saída: apresenta o amor. O amor surge, inspirador, movedor de montanhas. A princípio, ele cresce e desde então não se tem outra companhia, não se faz outra coisa. Mas a lucidez lhe passa a rasteira, ele cai. O que acontecerá com o amor? O que acontecerá com a alegria? O que acontecerá com a melancolia?